quinta-feira, 24 de novembro de 2011

VOCÊ É NORMAL?


Este mês a revista Veja ( Que não tem mais tanta credibilidade mas ainda tem matérias interessantes), publicou uma edição especial com o tema : "O que é ser normal ?".
É um assunto interessante e rotineiro para mim porque sempre deparo com reações após minhas colocações seguidas dessa pergunta: " Você é normal?" Não. Não sou e com muito orgulho!
Fico perplexa quando percebo que ao falar de banalidades somos considerados normais. Quando falamos sobre sentimentos estamos alterados, quando falamos sobre fé e conexões aparentemente inexplicáveis somos loucos e se falamos de Deus somos fanáticos religiosos.
É complicado tentar expandir a mente de pessoas padronizadas e consequentemente previsíveis.
O normal é ser obtuso, ser limitado. Não falar sobre sentimentos....É uma seleção social baseada na frieza e nos fatos.
A sociedade te impede de entender o que se passa ao seu redor, através de um sistema que se mantém de pé porque está fundamentado em preconceitos.
A sociedade te molda. Se você não adquire a forma dela você não é normal. (Bem vindo ao clube).
Ser normal é ser padrão?
Imagine se todas as aves, mamíferos, anfíbios, peixes e répteis tivessem suas penas, pêlos, cores, escamas e carapaças padronizados em cores e texturas porque pertencem as suas respectivas ordens determinadas?? ( Taxonômicamente falando).
Melhor ainda, não é porque você é da ordem dos primatas que você vai ser um ORANGOTANGO também! Certo!?
Não haveria mutações...  ESPÉCIES! Não haveria EVOLUÇÃO! E muito menos a harmonia de um ecossistema. Cara, os ANIMAIS sabem disso!
Por exemplo, para ser aceito socialmente falando ( pelo nosso sistema fudido!) você precisa passar por uma peneira de aceitação ( Padronizada e preconceituosa, pode ser feita superficialmente por um olhar de cima a baixo em 3s). Para ser aceito deve caber milimétricamente à régua comum.
O mesmo formato de ideais, vestimentas, comportamentos... E tudo isso é hipocrisia porque SOMOS ÚNICOS, não somos padronizados.
Os relevos da pele nas extremidades de nossos dedos é a prova concreta de que ninguém é igual a ninguém.
Quando se vê tipos diferentes como Lady Gaga (O avesso do padrão), Emos, Grunges, Rastafari... Há condenação ao anormal, absurdo.
Devemos deixar que as idéias fluam, que esses tipos sejam ramificados a fim de que haja um equilíbrio.
Cada tipo partilha de uma experiência típica e isso além de riqueza cultural traz conhecimento.
Devia haver união e não exclusão. Nosso sistema social é ineficiente e destrutivo se formos levar em consideração nossa qualidade de vida como seres humanos e o nosso ecossistema.
Somos sistemas paralelos e isolados. A sociedade é a parasitose da natureza.  Nossas guerras fazem manutenção aos sistemas políticos e corrompem a humanidade. Assim funciona nossa cadeia elementar.
Dessa maneira, sua fábrica de padrões nos direciona a um futuro visivelmente caótico. O qual torna até as profecias de fim de mundo de Nostradamos enfadonhas.